23 novembro 2016

A oposição da família de Jesus ao seu ministério.






Desde a mensagem de Deus enviada pelo anjo Gabriel vê-se em Maria, mãe de Jesus, uma mulher realmente temente ao Senhor, que possuía virtudes e características espirituais fundamentais para ser escolhida por Deus. Como serva se colocou a disposição para entregar a sua vida totalmente a Ele.
“Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador; Porque atentou na baixeza de sua serva; Pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada, Porque me fez grandes coisas o Poderoso; E santo é seu nome”. Lucas 1:46-49
Pela suas palavras Maria sabia que necessitava de um salvador  pois como todos nós era uma pecadora. Ela também sabia do ministério de Cristo, pois o anjo havia lhe dito:
Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus. E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim  Lucas 1:30-33
Isso se confirmaria em João 2, quando Jesus aparece em Caná da Galileia em um casamento. Maria sabia que Jesus tinha um ministério que transformaria o mundo.
E, faltando vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho. Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é a minha hora. Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser João 2:3-5
Então, Maria era serva de Deus e conhecedora do ministério de Cristo. Sabia claramente que ele poderia dar uma solução ao problema em questão.
Mas ao contrário de sua mãe, os irmãos de Jesus questionavam o seu chamado e ministério.
“E depois disto Jesus andava pela Galiléia, e já não queria andar pela Judéia, pois os judeus procuravam matá-lo. E estava próxima a festa dos judeus, a dos tabernáculos. Disseram-lhe, pois, seus irmãos: Sai daqui, e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes. Porque não há ninguém que procure ser conhecido que faça coisa alguma em oculto. Se fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo. Porque nem mesmo seus irmãos criam nele”. João 7:1-5
É bom deixar claro que que Maria já havia tido outros filhos, conforme lê-se: “E despertando José do sonho, fez como o anjo do Senhor tinha lhe mandado, e recebeu a sua mulher. E ele não a conheceu [corporalmente], até que ela fez nascer ao filho dela, o primogênito, e lhe pôs por nome Jesus”(Mateus 1:24,25) E o têrmo: “irmãos” no contexto não se refere aos seus discípulos como dizem alguns.
A oposição da família de Jesus ao seu ministério se tornou notória ao verificarmos os textos de Marcos 3, logo após a escolha dos doze discípulos.
E foram para uma casa. E afluiu outra vez a multidão, de tal maneira que nem sequer podiam comer pão. E, quando os seus parentes ouviram isto, saíram para o prender; porque diziam: Está fora de si. Marcos 3:20-21
No mesmo contexto encontramos:
Chegaram, então, seus irmãos e sua mãe; e, estando fora, mandaram-no chamar. E a multidão estava assentada ao redor dele, e disseram-lhe: Eis que tua mãe e teus irmãos te procuram, e estão lá fora. E ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos? E, olhando em redor para os que estavam assentados junto dele, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Porquanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã, e minha mãe.  Marcos 3:31-35
Se lermos os versículos 31 a 35  isoladamente talvez não entendamos porque Jesus respondeu à sua família: “Quem é minha mãe e meus irmãos”?  Certamente os parentes de Jesus não foram até a casa para apoiar Jesus em sua pregação ou seu ministério,  eles foram até lá com o intuito de prendê-lo (v. 21), notem que até Maria, sua mãe, estava junto.
Cristo complementa a resposta de forma clara e objetiva: “qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã, e minha mãe”.
Então fica óbvio que naquele momento Maria e os irmãos de Jesus não fizeram a vontade de Deus, cometendo um pecado, o pecado de se opor à obra do Deus o de não fazer a sua vontade. Em outra oportunidade, acerca disso Jesus afirmou o seguinte: “Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha”. (Mt 12:30). O pecado de Maria e os irmãos de Cristo  mostra simplesmente que eles eram pessoas normais e que erraram na atitude que haviam tomado.
Sabemos que Pedro quando tentou repreender a Cristo querendo impedir o seu sacrifício pelo mundo recebeu uma advertência veemente de Jesus, isto se deu porque estava indo contra a obra de Deus. Todos nós precisamos compreender e diferenciar as coisas que são de Deus e as coisas que são humanas.
“Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muitas coisas dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia. E Pedro, tomando-o de parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso. Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens. Mateus 16.21-23
Evidentemente no transcorrer da história de Cristo vemos sua mãe o apoiando em seu ministério até a morte na cruz, e após sua morte e ressurreição ela, os irmãos de Cristo, Pedro e outros se comprometem totalmente com a Igreja a ponto de morrerem em prol da pregação do Evangelho.
A grande lição que podemos extrair desta passagem bíblica é que devemos estar preparados para confrontar com sabedoria as oposições que poderão vir, seja de satanás, do mundo e até mesmo dos parentes e amigos mais chegados, assim como fez Jesus, lembrando sempre que: ” não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”. Efésios 6:12.
Pastor Valdir Junior

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