O óleo da união
Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes. Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre. Salmos 133:1-3
Com propósitos espirituais a unção de pessoas era feita, tinha o objetivo de separar as mesmas para uma tarefa específica. Todas estas tarefas eram realizadas em conjunto com o intuito de guiar o povo de Deus tanto espiritualmente quanto secularmente. Ungiam-se reis (I Samuel 9:16); profetas: (Isaías 61:1-3) e sacerdotes (Êxodo 40:13-15)
A instrução de Deus a Moisés foi para ungir sacerdotes, de modo a consagrá-los e reconhecê-los como pessoas separadas para servir a Deus através do sacerdócio. Os sacerdotes ouviam confissões de pecados, julgavam sobre as diferenças entre as pessoas do povo, santificavam o povo perante Deus, faziam expiação, faziam sacrifícios de ação de graças e supervisionava os trabalhos no tabernáculo, entre outras tarefas.
Arão o irmão de Moisés, recebeu esta unção sacerdotal como prometeu Deus ao seu bisavô Levi:
Então sabereis que eu vos enviei este mandamento, para que a minha aliança fosse com Levi, diz o SENHOR dos Exércitos. Minha aliança com ele foi de vida e de paz, e eu lhas dei para que temesse; então temeu-me, e assombrou-se por causa do meu nome. A lei da verdade esteve na sua boca, e a iniquidade não se achou nos seus lábios; andou comigo em paz e em retidão, e da iniquidade converteu a muitos. Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é o mensageiro do SENHOR dos Exércitos. Malaquias 2:4-7
O Salmo 133 é exatamente a descrição deste ato de unção ao sacerdote Arão:
“E vestirás a Arão as vestes santas, e o ungirás, e o santificarás, para que me administre o sacerdócio. Também farás chegar a seus filhos, e lhes vestirás as túnicas, E os ungirás como ungiste a seu pai, para que me administrem o sacerdócio, e a sua unção lhes será por sacerdócio perpétuo nas suas gerações.” Êxodo 40:13-15
No Novo testamento o óleo representa o Espírito Santo. Assim como o óleo tinha um propósito especial de consagrar e santificar, também, o Espírito Santo age na vida do crente consagrando-o e santificando-o.
O que me fez pensar no ato da unção descrito no salmo 133.
“É como o óleo precioso sobre a cabeça…” - A presença do Espírito Santo no crente que se converte acontece primeiramente na sua mente, no seu entendimento, na sua compreensão e visão de ver o mundo. Não é a toa que a pessoa do Espírito Santo convence o homem dos seus pecados. Quando abrimos os nossos corações para o Espírito Santo, vivenciamos uma transformação que muda radicalmente nossa percepção de ver coisas tanto materiais como espirituais.
“… que desce sobre a barba, a barba de Arão” – A barba simboliza a maturidade, a sabedoria, e o respeito. Somos conduzidos pelo Espírito Santo a uma maturidade cristã, uma vida de plena santificação, uma certeza de nossa salvação em Cristo, e de uma vida cheia de Esperança NEle. Essa maturidade cristã refere-se ao nosso crescimento nas coisas espirituais concernentes ao Reino de Deus, e nosso envolvimento presença do Espirito Santo em nossas vidas o cristão só tende a crescer em graça e sabedoria.
““… e que desce à orla das suas vestes” – as vestes simbolizam a purificação ou santificação. A veste deveria ser branca, limpa e adornada, o que me faz pensar em como tenho andado e a maneira como me apresento diante de Deus. É certo que o Espírito Santo trabalha, mas quem coloca as vestes somos nós, se a santificação é um processo precisamos permitir que o Espírito Santo trabalhe em nossas vidas.
A presença do Espírito Santo trás uma vida de comunhão, e que o “viver em união” é como a unção sacerdotal, é a presença pessoal do Espírito Santo em nossas vidas, moldando nossa mente, corpo e alma, nos dando maturidade espiritual, santificando e purificando as nossas vidas, porém, o viver em união não depende tão somente do trabalho do Espírito, mas também de nossas atitudes, porque precisamos corresponder com Ele.
O salmo termina com uma bênção para quem busca a união entre os irmãos. Da mesma forma que o monte Hermon, trazia sob a cidade ventos frios, e que ao amanhecer cobria tudo com seu orvalho, assim também a união concedida pelo Espírito alcança a todos que a buscam, e está união será para sempre.
Pastor Valdir Junior
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